18 de abr. de 2005

Janelas de Eduardo Galeano

Terminei de ler mais um belo livro de Eduardo Gaelano: As palavras andantes, LPM, 1994. Infelizmente a mídia não tem dado o devido reconhecimento a este autor uruguaio. Pior: congelaram-no com As veias abertas da América Latina, ivro que toda juventude deveria ler. Mas o autor abandonou esta linha que eu considero carregada de um romantismo aguerrido. Tornou-se contador de histórias. Melhor, colecionador de histórias da América, do Novo Mundo. Ao ler seus livros, sentimo-nos como parte de uma América una, embora dividida pelas línguas. Sentimento de que temos e somos donos de uma imensa e rica tradição cultural que permeia toda américa. Tem um livro que pretendo ler, uma série de causos, narrativas, sobre futebol. Não me lembro do título.
Pois bem... voltemos ao livro que faz jus a este texto. Livro bem elaborado, com xilogravuras de Francisco Borges, histórias maravilhosas. Pequenas narrativas simbólicas, seres fantásticos e janelas, muitas janelas. Cada janela um olhar especial sobre o mundo, sentimentos e idéias. Não vou me estender. Vou terminar com o seguinte texto:
JANELA SOBRE A UTOPIA
Ela está no horizonte - diz Fernando Birri. - Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais a alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para caminhar.

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