18 de mar. de 2006

Elocubrações cariocas

Os militares do Exército acharam os fuzis roubados. Para boa parte da população, ficou um gostinho de quero mais!, fica!... Mas eu suspeito de que seja uma ilusão. Parodiando naquele poema de Ferreira Gullar, uma parte de mim gostaria que o exército permanecesse nas ruas, outra parte de mim, que essa não é a solução. O que prova que nós, moradores da "Cidade Maravilhosa", estamos perdidos nessa discussão. Não há uma política de segurança para o estado do Rio de Janeiro que perpetue e se adapte ao longo dos anos. Só o que houve foram tentativas isoladas, desacompanhadas de uma política social (neste governo que se arrasta por quase oito anos, política social foi sinônimo de popularismo assistencialista da pior espécie). Bastou apenas os militares saírem e tudo voltou a ser como antes... Mas aqui vai um pensamento hipotético, uma artimanha da lógica: se existe um mercado para o tráfico é porque existe fornecedor e comprador. Se uma dessas parte ficasse sufocada (de preferência o fornecimento) o preço ia explodir. Quanto tempo levaria para quebrar este mercado? Continuo não acreditando no exército na rua como a melhor solução, mas uma parte de mim...

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