26 de fev. de 2005

A biblioteca de Miguel Sanchez Neto

Que tal um livro que trata do relacionamento com a leitura e os livros? Herdando uma biblioteca, de Miguel Sanchez Neto, da Record, é maravilhoso no que tange ao assunto. Curioso é que eu li uma resenha, se não me engano no Jornal do Brasil, e não me empolguei. A partir de crônicas publicadas em jornais, agora reunidas, o autor, que é romancista, poeta e crítico literário, narra seu encontro com a literatura, com o livro impresso nas mãos. O sonho de construir uma biblioteca, o relacionamento com a leitura, com os autores que vão segui-lo para sempre, com o objeto livro: uma relação de carinho. Em um dos capítulos, o autor narra os melhores locais que ele descobriu para ler. Dei-me conta de que, para mim, o melhor local são entre quatro paredes, seja no quarto de minha casa, na sala... Na verdade, em locais fechados, como um ônibus, por exemplo, onde tenho o costume de ler. Suas reflexões e narração sobre o ato de amor ao livro reflete em todos nós, leitores contumazes. Em minha opinião, esse livro é uma versão nacional do bem sucedido Como um romance, de Daniel Pennac, da Rocco, que narra as aventuras com os livros e a leitura. Neste livro recordo-me de uma frase genial, mais ou menos com essas palavras: O tempo para ler é como o tempo para amar: sempre um tempo roubado. Não vou explicar o título do livro de Sanchez, pois o capítulo que cuida do assunto é tocante. Posso apenas recomendar o livro com a certeza de uma boa leitura.
Para terminar... Quem me emprestou o livro foi meu amigo Henrique, grande leitor que tem acesso aos livros novos que estão saindo no mercado agora. Com meu amigo realizei um sonho: leio os clássicos, pegando na biblioteca, comprando em sebos, e leio os autores novos, pegando emprestado com ele.

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