20 de jan. de 2005

Alfabetização de jovens e adultos - EJA - parte V

Hoje tenho claro para mim que a relevância destes tópicos, para uma primeira reunião, foi desnecessária, haja vista a complexidade de certos temas relacionados à leitura, por exemplo. Muito mais fruto da pouca experiência acumulada no campo da alfabetização de jovens e adultos, foi, isto sim, uma superestimada parelha de idéias com as educadoras, de minha parte, no que concerne à natureza desse trabalho, o principal condutor das reuniões iniciais. Como será visto nas páginas subseqüentes, questões suscitadas por mim ramificaram-se em diversos problemas que necessitavam de um maior esclarecimento, debate, e o estabelecimento, ainda que não totalmente, de novos parâmetros para a atividade educacional proposta.
Logo após os seminários apresentados no Instituto Superior de Educação do Estado do Rio de Janeiro — ISERJ — em que se juntaram tanto educadores quanto orientadores, pouco antes das atividades em sala de aula, deparei-me com uma apreensão, de início, que transformou-se em temor, norteando todas as minhas mais sinceras expectativas em relação à primeira reunião. Percebi que havia um temor de raízes e matizes diferentes desdobrando-se em mim. O mais profundo talvez fosse o de ter minha orientação rejeitada e, o mais superficial talvez tivesse relacionado à minha postura, meus gestos, em relação ao grupo. Ainda hoje, não tenho claro para mim o mapeamento desses temores que se estampavam no suor frio de minhas mãos e no falar inconstante e, por vezes, incessante nas primeiras reuniões.
O resultado dos questionários levantados engendraram novas e boas expectativas que suplantaram o medo, hoje, infundado. As reuniões para mim foram tornando-se encontros e, a pesquisa que preparei foi um dos estopins para essa mudança.

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